Friday, May 25, 2007
exposição "O Livro das Sete Cores"
Exposição / Apresentação do livro
“O Livro das Sete Cores”
Ilustrações de Jorge Martins
1 de Junho a 31 de Julho
Inaugura no próximo dia 1 de Junho (Dia Mundial da Criança), pelas 11.00h, no Auditório Municipal Augusto Cabrita, a exposição das ilustrações originais do livro “O Livro das Sete Cores”, comissariada por Ju Godinho e Eduardo Filipe e organizada pela Câmara Municipal do Barreiro.
Esta mostra é composta por cerca de 20 ilustrações originais de Jorge Martins para a obra “O Livro das Sete Cores”, escrito por Maria Alberta Menéres e António Torrado.
Publicada, pela primeira vez, em 1983 pela Moraes editores, esta obra foi recentemente reeditada pela Caminho.
O Livro das Sete Cores trata-se de uma colectânea poética onde as cores do arco-íris ganham vida e manifestam sentimentos. Esta obra incontornável da literatura infantil alcançou, em 1984, o Prémio Calouste Gulbenkian de Ilustração de Livros para Crianças.
Na inauguração estarão presentes os escritores e o pintor.
Local:
Auditório Municipal Augusto Cabrita Parque da Cidade
Av. dos Fuzileiros Navais 2830 Barreiro
Horário:
3ª a Domingo, das 17h00 às 22h00 (entrada livre)
Informações:
21 214 1319 ilustrarte@ilustrarte.net
www.ilustrarte.net
Prémio Nacional de Ilustração 2006
foi a grande vencedora pelo pelo conjunto de desenhos feitos para a obra “Histórias de Animais”, com texto de Rudyard Kipling, publicada pela Ambar.
As duas menções especiais foram atribuídas, respectivamente, às ilustrações do livro “Pê de Pai”, da autoria de Bernando Carvalho (texto de Isabel Martins, editado pela Planeta Tangerina) e aos desenhos de “Uma mesa é uma mesa, será?”, de Madalena Matoso (texto da própria).
Nesta 11ª edição do Prémio Nacional de Ilustração foram apreciadas 107 obras, vindas de 32 editoras. Este prémio distingue todos os anos um ilustrador pelo conjunto de desenhos originais publicados numa obra para crianças ou jovens editada no ano anterior e pode, ainda, distinguir mais dois ilustradores através da atribuição de duas menções especiais.
O júri da edição deste ano integrou Eduardo Filipe, presidente da Associação Ver Para Ler, Ana Margarida Ramos, em representação da APPLIJ/IBBY e Ana Castro e Silva, em representação da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas.
Para além da atribuição do Prémio e das duas menções especiais, foram reconhecidas pela sua qualidade outras dez obras:
Editorial Caminho, Lisboa, 2006;
- “Meia bola”, ilustrada por André Carvalho, texto de Manuela Barros Ferreira, Edições
Eterogémeas, Porto, 2006;
- “Corre corre, cabacinha", ilustrada por André Letria, texto de Eva Mejuto, OQO
Editora, Pontevedra, 2006;
Dourado”, ilustrada por Bela Silva, texto de Alice Vieira, Editorial Caminho, Lisboa,
2006;
Marques, Beta-Projectos Editoriais, 2006;
- “ssschlep”, ilustrada por Gémeo Luís, texto de Eugénio Roda, Edições Eterogémeas,
Porto, 2006;
- “O Tesouro do Castelo do Rei”, ilustrada por João Caetano, texto de Anabela Mimoso,
ed. Âmbar, Porto, 2006;
- “28 Histórias para rir”, ilustrada por João Vaz de Carvalho, texto de Úrsula Wolfel,
ed.Kalandraka, Lisboa, 2006;
- “A Família dos Macacos”, ilustrada por Luís Henriques, texto de Rita Taborda Duarte,
Editorial Caminho, Lisboa, 2006;
- “Segredos”, ilustrada por Marta Torrão, texto de António Mota, ed.Gailivro, Vila Nova
de Gaia, 2006.
Tuesday, May 15, 2007
Exposição de Gémeo Luís no Barreiro
Ilustrações de Gémeo Luís
até 27 de Maio
A exposição "A Boneca Palmira", com ilustrações de Gémeo Luís para o último livro de Matilde Rosa Araújo continua patente ao público no Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Barreiro.
Para aqueles que não tiveram a oportunidade de visitar a exposição quando esta se encontrava no primeiro piso do AMAC (Auditório Municipal Augusto Cabrita) poderá ver as fotografias em post anteriores, publicados neste blog.
Maria Keil no Barreiro
Thursday, May 03, 2007
Exposição de Ilustração "Homem Selvagem"
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
entre os dias 7 e 31 de Maio.
Esta exposição será o ponto de partida para uma série de eventos futuros dedicados à Ilustração e os seus processos de actuação.
Pretendesse que este evento inicie uma série de plataformas que possibilitem a exposição, reflexão e divulgação do trabalho dos ilustradores, tornando visível uma área em desenvolvimento não só no seio da instituição, mas também nos contextos nacionais
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O HOMEM SELVAGEM (resumo)
A representação do Outro civilizacional na arte europeia anterior à época dos Descobrimentos radica não na experiência do real, mas sim em imagens mentais que se constituem como um repositório cultural inesgotável, de remotíssimas origens.
Encontramos na arte medieval um "mundo paralelo" de seres fantásticos, um verdadeiro discurso visual sobre a alteridade, que parece ignorar a realidade, privilegiando antes uma visão distorcida, baseada no relato fantasiado e na representação.
Em Portugal, bem como por toda a Europa, o tema do homem selvagem, ser primitivo, herético e irracional, exemplificador da ausência de civilização, surge frequentemente na criação artística.
A sua interpretação iconográfica é complexa, e reveladora da progressiva sobreposição do imaginário ao real. Esta imagem simbólica, que não foi uma criação portuguesa, mas antes uma tendência importada, acabou por se mostrar particularmente ajustada às necessidades oníricas e míticas da mentalidade nacional.
O tema do homem selvagem funcionou como um mito, ocupando um lugar destacado no imaginário medieval como amostra de um "mundo às avessas", objecto de sentimentos antitéticos de repulsa e de sedução. Preencheu sem dúvida um espaço importante no universo ambíguo do maravilhoso e do desconhecido.
Enquanto símbolo, remete para a imagem ao espelho do homem medieval, representando todo um conjunto de pulsões recalcadas e funcionando ora como elemento moralizador, por contraposição, ora como escape de tensões de vária ordem, por afirmação. A sua origem literária parece clara, bem como a sua relação com as forças brutas da natureza, e, logo, com a não-civilização, em contraste declarado com a ordem do universo medieval.
Ligado, na imaginação medieval, à concepção do Outro civilizacional, o homemselvagem representou também, através de um processo de interiorização, o Outro que existe em cada homem.